A expressão daisy chain é uma metáfora que descreve uma prática enganosa no mercado financeiro, muitas vezes traduzida como corrente da felicidade. Ela se refere a uma tática usada por manipuladores do mercado para criar a ilusão de que certos títulos ou ações estão em alta. O objetivo é atrair investidores desavisados, dando a impressão de que esses ativos estão prestes a valorizar.

Nesse esquema, os manipuladores realizam transações coordenadas entre si para inflacionar o valor aparente de um ativo. Eles criam um cenário de alta para atrair investidores menos experientes que acreditam na tendência crescente e decidem comprar essas ações ou títulos. À medida que esses novos investidores compram e impulsionam o preço dos ativos, os especuladores, que já estão cientes da manipulação, aproveitam a situação para vender massivamente suas próprias ações ou títulos a preços elevados. Com isso, eles garantem lucros significativos, enquanto os investidores que entraram na corrente da felicidade acabam ficando com papéis que perderam seu valor rapidamente.

Um exemplo mais próximo do conceito de daisy chain envolveu a empresa de biotecnologia Fraudster Pharmaceuticals. Em 2019, um grupo de especuladores criou uma rede de transações fictícias envolvendo as ações da empresa. Eles compraram e venderam repetidamente as ações entre contas controladas por eles mesmos para inflacionar o preço das ações artificialmente. Como resultado, outros investidores começaram a comprar as ações, acreditando que estavam se valorizando rapidamente devido a informações positivas sobre a empresa. No entanto, quando o grupo de especuladores decidiu vender suas ações, o preço caiu drasticamente, deixando os investidores despreparados com ações que perderam valor rapidamente.

Em resumo, a daisy chain é uma estratégia de manipulação de mercado que explora a ingenuidade dos investidores, enganando-os para que comprem ativos inflacionados e, em seguida, lucrar com a venda desses ativos antes que o preço caia.