Na peça Rei Lear, de William Shakespeare, o rei Lear decide dividir seu reino entre suas três filhas, Goneril, Regan e Cordélia, com base em suas declarações de amor por ele. Essa decisão pode ser comparada a uma gestão de ativos mal planejada, em que Lear age de forma imprudente ao distribuir seus ativos (o reino) sem avaliar adequadamente o verdadeiro valor e a lealdade de cada filha.

O conceito de risco é central nessa obra. Lear assume um risco elevado ao abdicar do poder sem considerar as possíveis consequências das ações das suas filhas. Ele não faz uma análise criteriosa de seus ativos. Ele não estuda adequadamente a lealdade e a capacidade de governar de suas filhas, o que resulta em um colapso catastrófico. Esse tipo de gestão negligente é comparável a decisões financeiras mal informadas que, por falta de due diligence, podem levar a grandes perdas.

Além disso, a peça explora o conceito de gestão de riscos e alocação de recursos. Lear, ao dividir seu reino com base em promessas de amor ao invés de realizações concretas ou habilidades administrativas, enfrenta um colapso quando suas filhas revelam suas verdadeiras intenções. O risco associado a essa alocação é demonstrado quando Goneril e Regan, após obterem o controle, tratam Lear com crueldade e deslealdade. A má gestão e a alocação inadequada dos recursos do reino resultam em instabilidade e destruição.

A tragédia de Lear também ilustra o impacto das decisões estratégicas equivocadas sobre a solidez e a sustentabilidade a longo prazo. A incapacidade de Lear de fazer uma análise prudente das capacidades e intenções de suas filhas contribui para o colapso de seu reino, semelhante a como uma estratégia de investimento mal elaborada pode levar à falência ou à perda significativa de valor.

Portanto, Rei Lear fornece uma interpretação sobre a importância da avaliação de riscos e da gestão adequada dos ativos. As decisões apressadas e mal informadas, tanto na peça quanto em contextos econômicos, podem resultar em consequências desastrosas, sublinhando a necessidade de prudência e análise cuidadosa na gestão de recursos e na tomada de decisões.