No romance O Faxineiro e o Executivo, de Todd Hopkins e Ray Hilbert, um conceito que se destaca é o do workaholic e suas implicações para a produtividade e o bem-estar dos trabalhadores. Roger, o executivo, encarna o arquétipo do workaholic moderno, um profissional que, em sua busca incessante por sucesso e crescimento financeiro, sacrifica sua qualidade de vida, saúde e relacionamentos pessoais. Este comportamento se torna uma armadilha: a dedicação extrema ao trabalho, motivada por uma necessidade de alcançar resultados e eficiência, leva ao desgaste físico e mental a longo prazo.

O fenômeno do workaholic não é apenas uma questão individual, mas tem implicações econômicas mais amplas. Embora a dedicação excessiva ao trabalho possa inicialmente aumentar a produtividade, a longo prazo, tende a gerar consequências negativas, como estresse, esgotamento e problemas de saúde. Empresas que promovem ou ignoram essa cultura de trabalho a qualquer custo muitas vezes enfrentam custos ocultos, como absenteísmo, rotatividade e perda de talentos. Na narrativa, Bob, o faxineiro, serve como um contraponto ao estilo de vida workaholic de Roger. Ele traz uma perspectiva mais equilibrada, destacando a importância de valorizar o tempo pessoal, a família e as atividades fora do ambiente de trabalho.

Esse diálogo entre os personagens reflete uma crítica ao modelo econômico contemporâneo, que muitas vezes glorifica o workaholic como um ideal de sucesso, enquanto negligencia o custo humano dessa abordagem. O livro sugere que a verdadeira eficiência e prosperidade estão vinculadas ao bem-estar dos funcionários. Funcionários equilibrados, que conseguem manter uma vida pessoal satisfatória e saudável, tendem a ser mais produtivos e engajados a longo prazo. Dessa forma, a obra O Faxineiro e o Executivo propõe uma visão mais holística da economia do trabalho, em que o equilíbrio entre vida pessoal e profissional é fundamental não apenas para o indivíduo, mas para a sustentabilidade e a prosperidade da empresa como um todo.