
A confidencialidade de empréstimos é quando os detalhes de um empréstimo são mantidos em segredo entre o mutuário e o credor para proteger a privacidade financeira e evitar divulgações prematuras que possam causar problemas financeiros ou estratégicos. Isso é comum, mas pode haver requisitos de divulgação em certos casos.
A confidencialidade de empréstimos é importante por várias razões, como: a) ela protege a privacidade financeira das partes envolvidas, especialmente no caso de empréstimos pessoais, em que as informações financeiras pessoais podem ser sensíveis; b) em contextos comerciais, manter os detalhes do empréstimo em sigilo pode ser vantajoso para evitar que concorrentes saibam sobre a situação financeira da empresa ou sua estratégia de financiamento; ou c) a divulgação prematura de informações sobre empréstimos de uma empresa pode levar ao pânico financeiro, afetando negativamente sua reputação e seu valor de mercado.
No romance O ajudante, de Robert Walser, de 1908, registra o fenômeno da confidencialidade do empréstimo pessoal do personagem Tobler junto ao banco de Bärenswill por avaliação por parte do gerente de uma situação sensível do negociante:
“Com toda certeza, o gerente do Banco de Bärenswil já estará um tanto quanto pensativo, a supor que seja esse um hábito da Casa Tobler: remeter de volta as cobranças apresentadas com o pedido de que o pagamento seja preterido para um pouco mais adiante. Mas evita expor em voz alta os pensamentos de desconfiança e apreensão que já começa a alimentar. Pode ser apenas uma crise passageira, e um gerente de banco, em regra, não é uma lavadeira, mas um homem de princípios, que sabe quanto uma palavra a mais pode lançar em desgraça um ambicioso negociante em luta com a existência […] Os bancos e caixas econômicas têm, em princípio, uma boca finamente alinhavada: lábios assim só se abrem no instante em que se constata uma falência definitiva. Por enquanto o sr. Tobler pode rir e agradecer aos céus. Como um esquife em sua cripta, o segredo de suas dificuldades repousa na caixa econômica de Bärenswil.” (WALSER, Robert. O ajudante. São Paulo: ARX, 2003. p.125-126)